O imortal inconsciente precisa da morte para reconhecer-se.
Novamente a morte se faz presente na Comunidade Tempo de Ser, arrebatando, neste mês, o educador de essencialidades Luiz Antonio Cândido, do Núcleo de Aprendizagem de Bauru. Tanto já ouvimos, falamos, escrevemos, lemos sobre essa temática, mas ainda longe estamos de entendê-la em sua essência. Vivemos, fundamentalmente, para sobreviver. E a sobrevivência está demarcada pela morte, pois tudo o que sobrevive, um dia morre. Se morreu, deu certo, pois só se nasce para morrer! É ou não?
E o medo da morte ou do fato de morrer, por mais paradoxal possa parecer, impulsiona a sobreviver. Quem já não teve um amigo, parente ou conhecido que estava em pleno desenvolvimento de sua vida humana social, defendendo causas nobres e que, de forma inesperada, veio a morrer? E o que isso quer dizer? Isso quer dizer que “aquilo que justifica hoje minha vida, diante da morte nada se torna; portanto, o objetivo de estar existindo não é o que eu imagino e isso eu preciso saber”, conforme bem colocado na atividade institucional das Fases Existenciais e o Educador de Essencialidades (FEEE), do Sistema Tempo de Ser (STS), no mês de junho passado.
A morte, como fato psíquico, e nela o desaparecimento da pessoa humana constituída, bem como o interesse pela história existencial, que, embora seja do indivíduo, não foi por ele composta, integram, juntamente com inúmeros outros, os princípios da Educação de Essencialidades em construção pelo Tempo de Ser.
O homem lastima a morte quando, através de sua psique, deveria entender a vida. Lastima a vida, quando deveria compreender a morte. E isto porque não existe vida manifesta sem morte, nem morte sem vida manifesta. E aquilo que, humanamente, ainda é tido como circunstâncias dolorosas, para a inteligência deveria constituir métodos de aprendizagem. Tentar entender a vida e a morte, conjugando-as à nossa sensibilidade, deverá constituir-se no grande desafio a cada indivíduo que busca autoconhecer-se.
Educar é estimular para que venham à tona os potenciais psíquicos, aqueles capazes de entender o valor da manifestação, da integração das formas de vida e a essência que as compõe. O homem e, nele, a pessoa humana constituída trazem, em si próprios, fenômeno que estabelece um grande desafio para a inteligência: autoconhecer-se, e a compreensão de si mesmo surge como único sentido para um existir sem sentido. Assim, conclui-se que para saber tudo isso há a regrinha de ouro: “conhece-te a ti mesmo”! Mas, afinal, entre a vida e morte, quem é a estrela de fato?
Fonte de pesquisa: Portal do Sistema Tempo de Ser.
https://tempodeser.org.br/inicio