Educação de essencialidades. A primeira vez que ouvi esse termo fiquei curiosa e, ao mesmo tempo, sem compreender ao certo o que significava. Hoje, mesmo 1 ano após entrar no Sistema Tempo de Ser creio ainda não ter compreendido a dimensão completa do que seja.
A busca pelo autoconhecimento é um desejo antigo. Compreender meu movimento interno, o que me move, por que sou tomada por determinadas emoções sempre me intrigaram. Não por acaso decidi ser psicóloga, psicóloga infantil.
Meu processo de auto-observação tem sido intenso, doloroso, mas libertador. A forma como o STS nos instrumentaliza para atingirmos o autoconhecimento e, em seguida, a autoconsciência é diferente de tudo o que eu conhecia até então.
Perceber que eu sou a única pessoa capaz de compreender a mim mesma me fez olhar o outro e as minhas relações de outra maneira. Admitir que o que me incomoda no outro muitas vezes (ou todas as vezes) também me compõe foi e ainda é uma das coisas mais difíceis de reconhecer. Venho, a cada dia, desconstruindo, reconstruindo e ampliando conceitos e imagens infantis.
Aprender que o indivíduo é constituído do zero aos três anos de idade me fez olhar para o processo de educação com muito mais cuidado e atenção. Tenho levado esse aprendizado para o meu trabalho com as crianças e, principalmente, para os pais, orientando e informando sobre a importância fundamental desse período.
Trabalhar com crianças me permite entrar em contato com a minha criança interna de maneira intensa. Com suas dores, birras, alegrias e espontaneidade. Sei que o caminho para o autoconhecimento é longo e exigente, mas estou aberta e disponível, para mim mesma, para acolher e compreender a minha criança.
Continuidade!
Bárbara Catarina da Cunha Prado