Educação é uma atividade humana com vistas ao desenvolvimento de algum potencial, de ordem física, intelectual, moral e outros. Ela é praticada nos atos cotidianos de todo indivíduo que quer constituir potenciais, hábitos ou visões que não possui. Quando a maneira de alcançar o que se quer desenvolver é organizada, temos um método. A educação é o objetivo, o método, literalmente, é o caminho.
Neste sentido, a “Educação de Essencialidades” e o “Sistema Tempo de Ser” são conteúdo e forma, respectivamente, que se fundem num mesmo propósito. Um propósito é sempre resultado de uma aspiração que, por sua vez, tenta suprir uma necessidade. O propósito da “Educação de Essencialidades” está intrinsecamente ligado ao autoconhecimento, sendo que todas as razões que fundamentam esta necessidade, na atualidade, foram amplamente expostas no livro “Inteligência Mediúnica – Novos Horizontes da Sensibilidade”, de nossa autoria, cuja leitura, a propósito destes temas, recomendamos.
Várias propostas abordam o autoconhecimento como uma necessidade, como também, ele está na pauta de muitas filosofias, religiões, grupos; e atualmente se tornou, inclusive, assunto popular. Objetivamente, vamos situá-lo como “visão de si mesmo”, ou aquilo que faz parte da constituição do sujeito, que lhe era desconhecido e que passa a ser conhecido e considerado. O diferencial do “Tempo de Ser” é que nós situamos o autoconhecimento como uma atividade efetiva, uma prática mesmo, chamada de “Inteligência Mediúnica”, que pode ser desenvolvida, educada, converter-se em postura e trazer vários aprimoramentos para o indivíduo.
Para tal desenvolvimento, ou seja, para que a “Educação de Essencialidades” faça o que pretende, ela carecerá de ambientes em que seja vivenciada, observada e validada por seus resultados. Chegamos então ao “Núcleo de Aprendizagem do Sistema Tempo de Ser”, uma instituição social, alocada em alguma cidade e que integra o “Sistema” por seus registros e estatuto. É no “Núcleo de Aprendizagem” que o propósito da “Educação de Essencialidades” vai deixando de ser uma aspiração, para tornar-se ato.
De forma geral, havemos de conceber que o autoconhecimento se efetiva por um processo que se inicia na observação de suas próprias atitudes, entendidas aqui como a manifestação de um conteúdo interno (psíquico/psicológico) que vai, paulatinamente, sendo observado, detido pelo próprio sujeito que se conhece e, aos poucos, convertendo-se em aprendizagem, ou seja, autoaprendizagem.
A autoaprendizagem é o âmago da “Educação de Essencialidades” e constitui o elemento pedagógico do “Sistema Tempo de Ser”, e as etapas de autoaprendizagem representam como a “Inteligência Mediúnica” se desenvolve no indivíduo. É pela integração destes ambientes em sua própria aprendizagem que o “Educador de Essencialidades”, aos poucos, caminha da questão “que sou?” para a constatação: “ajo desta ou daquela maneira, porque tais e tais princípios da vida operam em mim”. E na posse de tal constatação, de tal verdade interna, é possível gerir seu existir de maneira mais atenta, procurando priorizar o que realmente importa e não um caminhar a esmo.
Lucas da Costa e Marlete Wildemberg
Conselho Deliberativo/COMGE-STS