“O homem que mudou o jogo”

Do sonho à realidade

O homem que mudou o jogoO EducArte convida o leitor a entrar agora num estádio para assistir a um jogo inédito, incomum, raro. A proposta ‘esportiva’ está na história inteligente e real do filme O Homem que Mudou o Jogo, entremeada por perspicácia, desafios, habilidades e, principalmente, por um novo olhar em relação a métodos administrativos arcaicos, viciados e vencidos. Antes de apresentar o desenrolar desta partida, reproduzimos alguns estímulos da Equipe de Amor à Luz, os quais contribuem para o entendimento da narrativa e as regras determinantes do jogador do O Homem que Mudou o Jogo.

O Gestor, a Articulação e a Movimentação de Recursos

 Objetivamente o gestor (o político), em essência, é um articulador. A articulação, como uma ação política, é a arte ou capacidade de articular, o que dá poder a uma estrutura (corpo) de se mover para suprir suas necessidades. Somente se conseguirá ter recursos à mão o indivíduo que for hábil o suficiente para articular com outros elementos, circunstâncias ou indivíduos, promovendo as conexões necessárias rumo a tal objetivo.

Em síntese, ao articular, ou seja, ao promover uma ação política, o Gestor promove conexões que atraem os recursos. E os recursos são os meios que oportunizam o alcance de determinado fim (suprimento de necessidades). Porém, não basta somente atrair os recursos, mas também é preciso administrá-los, ou seja, utilizar de maneira autoconsciente, para que este sirva a sua finalidade. *

Times em campo: Planejamento   +  Estruturação Econômica Sistêmica

“Se O Homem que Mudou o Jogo conta a história de uma carreira, do sonho de um homem, também versa sobre a história de um planejamento e sua estruturação econômica sistêmica. O processo dinâmico do jogo (neste caso o beisebol) e a relação de todos seus componentes ativos (jogadores, conselheiros, diretores, administradores) estabelecem os rumos da trama. O filme é centrado em Billy Beane (Brad Pitt), atual manager do Oakland Athletics, clube de menor expressão no cenário competitivo do esporte. A falta de dinheiro em caixa, tão logo um problema assumido por Beane, é o que parece ser seu desafio: levar um clube pequeno ao título da liga nacional. Tarefa esta que não virá sem esforços.

O homem que mudou o jogo1

No filme, baseado em uma história real, o gerente e ex-atleta precisa encontrar uma maneira eficiente de contornar seja o problema financeiro, seja o estrutural ou mesmo psicológico, através de um método diferente do mantido atualmente por seu clube e por todos os outros da liga, incluindo os poderosos. À configuração clássica do sistema, Beane oferece seu desprezo.  Em diversas reuniões, para espanto dos administradores do clube, veteranos com larga experiência no esporte, Beane dispensa a gerência convencional, que tem sido praticada durante toda a história do clube, mas que não apresentou resultados satisfatórios. Para mudar isso, resolve aplicar economia e estatística ao beisebol, de maneira a articular, planejar e gerenciar melhor seus jogadores e vislumbrar potenciais contratações. Se sozinho ele não daria conta de tudo, contrata então Peter Brand (Jonah Hill), jovem recém-formado em economia pela Yale University.

O homem que mudou o jogo3Juntos, os dois criam um software de análise e planejamento que mantém, com detalhes, o histórico de todos os jogadores disponíveis no mercado, controlando suas estatísticas (melhores habilidades e carências técnicas), a valorização que cada um obtém no mercado. Com o programa em uso, e sob a desconfiança de todos, Beane e Brand promovem uma mudança radical na maneira como se vê o esporte. Para ampliar a descrença em seu método por parte do público, da própria torcida do time, dos especialistas e dos colegas, eles dispensam alguns medalhões e recrutam desconhecidos, baseando-se no que os números estão lhes dizendo. Jogadores são contratados com atenção e a equipe é remodelada de acordo com as características individuais de cada um, tornando o Oakland Athletics um clube efetivamente competitivo devido ao seu equilíbrio técnico e financeiro. Dessa forma, o time começa a vencer seguidamente, bate recorde de sequência de vitórias e se qualifica como um possível candidato ao título.

Enquanto outros clubes mantêm os salários das grandes estrelas, o Oakland barganha preços e realiza trocas, investindo em habilidades específicas para montar um time resistente. Com o sucesso da empreitada, presenciamos uma via de mão dupla: o equilíbrio econômico é atingido, no sentido de que o clube, consciente de suas limitações, conseguiu investir corretamente; enquanto o plano da dinâmica do jogo é potencializado em decorrência do planejamento e da nova filosofia adotada pelo clube. Beane consegue aplicar economia (reequilibrando as contas) e estatística (analisando o que os dados/números lhe dizem) para vencer as adversidades e construir não só um time vencedor, mas um método que se transformaria em referência no esporte – e fora dele.” **

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Fontes:

* Portal do Sistema Tempo de Ser – https://tempodeser.org.br

**  http://www.mirador-atuarial.com.br/resenha/14

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