Por Fabiano Fidelis – Filósofo e Educador de Essencialidades no Sistema Tempo de Ser
Por que buscamos conhecer? Qual a origem da necessidade de conhecer? De modo geral, podemos entender que o ato de conhecer se dá através de uma relação entre o sujeito que deseja conhecer e o fenômeno a ser conhecido. É um vínculo que se estabelece entre o desconhecido e a necessidade de saber, que resulta em uma representação de sentidos e significados lógicos, através de uma linguagem.
Por exemplo, diante de uma palavra desconhecida sentimos o interesse em conhecer, para isso questionamos a quem sabe ou pesquisamos em alguma fonte. Quando desejamos conhecer alguém, há um interesse que nos move para questionar o nome ou puxar um assunto. Ou quando desejamos nos tornar conhecidos somos movidos pelo interesse em nos apresentar. Isto é, em todo ato de conhecer, há um interesse.
Interessar é uma ação que corresponde a um estado de espírito, de sensibilidade. Quando sentimos interesse, sentimos que estamos diante de algo útil, importante ou valoroso. Atribuir utilidade ou valor implica em estarmos, também, diante de uma necessidade. Necessidade de conhecer e aprender uma nova habilidade, necessidade de companhia, necessidade de dar qualidade de vida por meio de exercícios físicos ou alimentação melhor, mas, em se tratando de filosofia, necessidade de saber.
Se considerarmos que somos seres que se interessam por saber o mundo e seus fenômenos, por que não o interesse em saber o maior e mais singular de todos os fenômenos? Qual seria senão eu, você, cada ser humano em si mesmo. Nesse ponto, o ato de conhecer se torna autoconhecimento, ou seja, o interesse que nos move para conhecermos a nós mesmos. Conhecer o fenômeno humano que nos manifesta, suas dimensões desconhecidas, inquietações profundas sentidas em nossa própria intimidade.
Como representar dimensões internas de nossa humanidade, a partir do olhar filosófico? Como discursar sobre questões e inquietações desconhecidas que se movem em nossa própria intimidade? Essa é uma inversão do olhar filosófico que mira o próprio sujeito e suas questões, tanto quanto estabelece relação entre filosofia e autoconhecimento. Nesse ponto, faço o convite para dialogarmos sobre “O autoconhecimento e o ser humano na atualidade”, a partir do fenômeno humano como foco das observações, questionamentos, reflexões e do discurso filosófico, isto é, de uma filosofia essencial.
Como tem sido para você sentir e pensar os desafios e as inquietações internas? Dentro do contexto do autoconhecimento, é possível exercer a ação de saber sobre o fenômeno humano que cada um é? Na atualidade, quais as questões mais inquietantes que nos envolvem? Afinal, o autoconhecimento é uma necessidade do ser humano na atualidade? Vamos dialogar?
Aguardo você na série de lives onde pretendo apresentar os assuntos:
Live 1 – Autoconhecimento e filosofia: ação de saber sobre si mesmo – 30 de Setembro às 20h
Live 2 – A atualidade do ser humano e o ser humano na atualidade.
Live 3 – O autoconhecimento é uma necessidade?
Live 4 – Autoconhecimento na exata medida da própria humanidade.
Para receber o endereço da transmissão acessem a página eventos (https://tempodeser.org.br/eventos/) e faça a sua inscrição.
Aguardo você!