Tema Geral – A função da dor e do prazer
Poesia baseada na frase de Cora Coralina: “Eu que SOU terra e pedra”
Eu que estou terra e pedra
Desconheço minha razão
Os fatores inconscientes
Que me causam confusão
Eu que estou terra e pedra
Decidi me replantar
Observar de maneira consciente
Os padrões que me fazem estagnar
Eu que estou terra e pedra
Levo a pedra para cobrir
O que muitas vezes não quer se ver
E o que está por vir
Eu que estou terra e pedra
Levo a terra para fertilizar
Para tornar fecundo
Os potenciais que irão desabrochar
Eu que estou terra e pedra
Decidi me conhecer
Para erguer essa pedra
Observar e colher
Eu que estou terra e pedra
A dualidade vai existir
Dois opostos da mesma moeda
Para uma vida inteira fluir
Eu que estou terra e pedra
Agora surge a dúvida ao terminar
Estes versos verdadeiros
Que da minha vida vou contar
Eu que estou terra e pedra
Agora surge a dúvida da dor
A pedra vai encobrir
Mas a terra vai florescer meu interior
Pedra dura e cruel
Que julgo não entender
Mas se torna importante
Delimitar a terra que se há de conhecer
Terra íntima e invisível
Que devasta o meu ser
Mas que pelas disposições semeadas
Muitos frutos vou colher
Autoria: Kelli Franzoe Passelli, NA-BGU, 14/09/16
Contos e Autoencontros
A não compreensão e entendimento do mundo interior levam-nos à busca de efetivar meios de auto-observação, para que fiquem visíveis atitudes e sentimentos que nos movimentam. Um dos meios para observarmos nossas movimentações é a descrição do nosso percurso como educador de essencialidades. O texto publicado anteriormente é uma autodescrição resultante de um projeto elaborado pelos Educadores de Essencialidades do Núcleo de Aprendizagem de Birigui do Sistema Tempo de Ser, dentro da atividade do grupo vespertino de Prática de Inteligência Mediúnica. O projeto tem como proposta a exposição ao meio social das repercussões dos estímulos de autoaprendizagem aos educadores de essencialidades nos ambientes do Sistema Tempo de Ser. Durante sua execução, tem sido considerado que o “autoencontro” pode ocorrer a partir da auto-observação e autodescrição dos “Contos” (história imaginada) que permeiam a existência humana.