É muito comum, notadamente em um curso, por exemplo, que se desenvolve em sequência, ao ser retomado, seja indagado pelos expositores: Continuidade! Ou, ainda, na felicitação de aniversário, finalizar desejando continuidade sempre, entre outras expressões.
Afinal, o que é estar na continuidade? Será que é acordar todas as manhãs? Será que é respirar incessantemente? Será que é estar vivo? O que é ser contínuo? Que é experimentar sentimento ou estado de alguém ou de algo que não está dentro de uma marcação de tempo, mas que vive num constante, em um fluxo?
Por vezes, é difícil considerar que estamos em continuidade, porque, apesar de termos feito tudo o que fizemos e vivemos, ainda assim seremos identificados com todos os seres humanos que nos antecederam, com algumas alterações, o que por si já nos dá certos ganhos, mas também trazem como consequências implicações específicas com o advento da modernidade.
O que é ser contínuo? Está aí a questão como processo de reflexão, mas também como análise ou avaliação. E isto porque, como inteligências autoconscientes, abertas para o novo, considerando a dinâmica do universo e as experiências que nos podem envolver cotidianamente, tem-se que a repetição não existe. E isto por quê? Porque as estruturas, os elementos, as forças estão constantemente em alteração. Ou seja, não se é exatamente o mesmo do que se era um segundo atrás, pois tudo muda ou se renova constantemente.
Então, ser contínuo será obedecer a padrões de comportamento? Será que é viver também o novo, viver o agora? Não sei! Novas ideias, novas reflexões que devem aclarar ou oferecer novas perspectivas para onde se possa dirigir a inteligência que se é, para onde possamos pousar o pensamento e ali refletir.
Importa é estar na linha de continuidade da vida
Assim, sobretudo para quem se encontra “desanimado”, que possamos fazer da nossa vida momento único e dinâmico na autoaprendizagem, com a energia necessária à continuidade no nosso processo autoeducacional.
Também é oportuno lembrar que a vida não perde a sua continuidade, seja em que dimensão ela se apresente. Assim, importa é estar na linha de continuidade da vida, embora talvez ‘morto’ já há tempo. Mas essa parte de si que ‘morre’, na verdade, não morre, mas é desagregação molecular.
Os corpos, a partir do momento que foram constituídos, serão destruídos ou se transformarão para a composição de novos corpos. Mas esse processo de agregação e desagregação não inibe a continuidade da vida e do viver, pois a inteligência em si mesma é imortal, imortal!
E, por ser imortal, utiliza quantos corpos de manifestação forem necessários até que se revele a si mesma, como inteligência única, irrepetível e autoconsciente. E aí, certamente, a participação da progressividade se torna, em nosso próprio âmbito inteligível, outro fator, ou seja, deixamos de ser humanos e percebemos que somos imortais, reencarnacionistas, porque podemos utilizar diversos corpos de manifestação. Que a identidade pessoal é nada mais nada menos que uma apresentação, e representação momentânea de algo indefinido para si mesmo – a própria inteligência.
Que juntos tenhamos a coragem de interagir, seja na dimensão dos ditos vivos ou naquela dos ditos mortos, pois a vida permeia, continuamente, a inteligência em qualquer dimensão. Que essa interação possa ser na busca responsável e comprometida com o conhecimento de si mesmo, pois o autoconhecimento já diz que é o conhecimento da vida em si mesma.
Em muitos momentos precisamos saber quem é que está ao nosso lado para nos referirmos a ele através da identidade que porta. Aliás, não sei se já perceberam, mas o nome que vocês utilizam tem valor para quem interage com vocês, ou seja, uma referência para a comunicação. Mas o nome que você utiliza não fala de você, fala da sua representação. Para falar de você, você precisa ter a coragem de mergulhar em um oceano profundo chamado inconsciente e torná-lo autoconsciente. Este é o propósito e o convite do Sistema Tempo de Ser e da Educação de Essencialidades.
Fonte: Portal do Sistema Tempo de Ser