O Cantinho da Poesia do blog do Sistema Tempo de Ser apresenta a expressão em poesia da educadora Marlésia Aparecida Oliveira Garcia, coordenadora da atividade de área Mediunidade, Vida e Sensibilidade do Núcleo de Aprendizagem de São José dos Campos. Confira a forma que utilizou como estímulo para desenvolver sua criatividade de mãos dadas com a sensibilidade.
No meu aniversário deste ano, uma educadora amiga, do Núcleo de Aprendizagem de São José dos Campos, me presenteou com um “caderno-estímulo” para que eu escrevesse o que minha sensibilidade tocasse e expressasse em poesia. Comecei a organizar no caderno as poesias que já havia produzido e a criar outras. E esta que eu escolhi e que envio para publicação, a partir deste estímulo recebido, escrevi numa apresentação da atividade Integração e Fundamentos (IF), quando os coordenadores argumentaram sobre o grau de consciência que a inteligência alcançou. O título para esta poesia só poderia ser este: Não sei.
NÃO SEI
Onde me encontro agora?
Pouso no que esqueço
Profundo o fundo que toco
Se toco me encontro
Me encontro e não me vejo
Me estremeço no escuro que sinto
O frio que me toca
É o frio do não saber
Do frio a inércia se faz
O medo invade todo o ser
Percebo que de onde o frio vem
Vem também um vento morno
Morno que seja
No medo que haja
Um lampejo pequeno
Uma mão que segura
A mão que dirige o medo
O cansaço de não saber
O anseio de aprender
Aprender que sou
Eu Sou.
Marlésia Garcia -NA-SJC