Sobrevivendo a mim
Sobreviver me impulsiona
E também me sobrecarrega
Sobreviver me direciona
E também me ilude
Sobreviver me assusta
E também me serve de ferramenta.
Cada passo me reflete
E também me suporta.
Certas vezes me prende, em outras me empurra.
Certas vezes me cansa, em outras me instiga.
Sobreviver me arranha
Me grita
Me pulsa
Me vive
E a cada segundo
Também me mata.
Em alguns momentos me sinto sufocada com toda essa história. Às vezes, olho para mim, para as coisas ao meu redor e percebo o quanto tudo me foge ao controle. Mas, mesmo assim, preciso reagir e tomar decisões o dia todo. Sou professora e comecei a escrever esta poesia num dia de aula em que me sentia completamente perdida. Sentia que pouco sabia do que falava, muito menos para quem eu falava. Só terminei a aula por uma “força maior”. Rsrsrs… Até hoje não voltei ao meu estado normal, estabilizado. Não havia pensado em um titulo, mas talvez “Sobrevivendo a mim”.
Priscila Freire
Conselho de Comunicação e Fluxo de Dados do NA-SPO