A vida como ela é!
Mas, como é a vida?
Simples assim: nascer, sobreviver, reproduzir e morrer!
Na minha ignorância de como funciono acabo por passar despercebida da minha realidade.
Acontecem as situações e eu quero que seja diferente, mas o que eu construí para ter o que eu quero? Vivo em uma realidade paralela, sou muitos em um. Posso dizer esquizofrenia, vazio existencial, inadequação, pois tudo está fora e as crenças bloqueiam a movimentação cerebral e só resta ilusão.
Parafraseando Gonzaguinha: E a vida/ e a vida o que é?/ Diga lá, meu irmão/ Ela é a batida de um coração /Ela é uma doce ilusão…
Ilusão ou esquizofrenia…
Tenho o saber de que vou morrer, vivo como se não fosse.
Hoje, adulta, olho para a infância e vejo que não saí de lá.
Tantas situações acontecendo ao meu redor e não considero que faço parte delas.
Medo do novo, chegando ao descontrole emocional, “Se é que já tive controle” por sair da rotina “conhecida”.
E a todo instante as situações mostram a vida como ela é.
Sem alegorias, e eu a enfeito com dores, medos, me enganando. E assim o tempo vai passando.
E se eu chegar a envelhecer? Como será?
Simplesmente, a vida como ela é.
Suzana Cezar
Contos e Autoencontros
A não compreensão e entendimento do mundo interior levam-nos à busca de efetivar meios de auto-observação, para que fiquem visíveis atitudes e sentimentos que nos movimentam. Um dos meios para observarmos nossas movimentações é a descrição do nosso percurso como educador de essencialidades. O texto publicado anteriormente é uma autodescrição resultante de um projeto elaborado pelos Educadores de Essencialidades do Núcleo de Aprendizagem de Birigui do Sistema Tempo de Ser, dentro da atividade do grupo vespertino de Prática de Inteligência Mediúnica. O projeto tem como proposta a exposição ao meio social das repercussões dos estímulos de autoaprendizagem aos educadores de essencialidades nos ambientes do Sistema Tempo de Ser. Durante sua execução, tem sido considerado que o “autoencontro” pode ocorrer a partir da auto-observação e autodescrição dos “Contos” (história imaginada) que permeiam a existência humana.