Pela relevância e importância de sua temática, em dias atuais, a Comissão Gestora do Sistema Tempo de Ser traz novamente, na íntegra, à comunidade Tempo de Ser, o artigo “A Economia Universal” já publicado na edição 104 do Informativo de janeiro de 2013. O referido conteúdo foi criado e organizado ainda no período em que a comunidade se desenvolvia como Projeto Tempo de Ser, hoje já consolidado como Sistema. Confira este momento reflexivo para (quem sabe!) compreender inúmeras movimentações humanas que ainda não entendemos.
- Fluidos e o sistema financeiro intergaláctico
Para o entendimento do sistema financeiro intergaláctico é preciso conceber que a vida se manifesta. E toda manifestação da vida, em qualquer âmbito deste universo e dos paralelos, parte de um mesmo princípio: fluidos. Estes, conforme usualmente se diz, são o hálito do Criador. Neste exato momento estamos criando e gerenciando fluidos em nós mesmos, mas em uma dimensão ainda não identificada.
Em estado original, ou primitivo, os fluidos estão dispersos. Em um dado momento, porém, começam a atrair outros fluidos, pois geram movimento, recebendo a denominação de princípio inteligente. Há uma alteração em sua rota, o que produz a garantia da energia universal, já que o que garante a estabilidade dos corpos, e, por consequência, a estabilidade evolutiva e progressiva, é a troca fluídica constante e permanente.
Atualmente, na Terra, os fluidos e os seres inteligentes estão em pleno estado de saturação, seus movimentos tornam-se cada vez mais lentos, perdendo dinâmica; em decorrência disso, começam a gerar estagnação na área do universo em que estão aglomerados. Evidentemente, o prejuízo para a economia universal é muito alto.
E, doravante, como se dará o aprimoramento do movimento da inteligência no estágio em que estamos? Somente através da compreensão! A inteligência passará a fazer sínteses: dispersar fluidos ou conteúdos que não têm mais razão de manter. Se não há síntese, não há troca ou se há, é muito escassa.
Uma inteligência rica, que não traz em si o estado de miserabilidade, é reconhecida por seu estado de compreensão que, por sua vez, se manifesta pelos fluidos que agrega em torno de si quando adentra o mundo, que são os mais sutis. Quanto mais sutis os fluidos, mais sutil a inteligência.
Porém, nasce uma indagação: o que são fluidos sutis? Conforme a lei universal: semelhante atrai semelhante. Assim, homens atraem homens, inteligências atraem inteligências. Sob este aspecto, fluidos sutis nada mais são do que estas inteligências superiores, que compõem corpos para inteligências ainda mais elevadas!
Para contextualizar tal afirmação, podemos imaginar um ser na condição masculina, muito rico, que decide viajar a uma cidade para passar um final de semana. Quando chegar ao local, estacionar o carro à porta de um hotel cinco estrelas, já haverá várias inteligências, na condição humana, de prontidão para atendê-lo em todas as suas necessidades, desejosos de lhe oferecerem todo o conforto e bem-estar possíveis. Nesta ilustração, estas inteligências constituíram um corpo de manifestação para outra inteligência.
- O movimento gerando créditos
Para o homem existe despesa, miserabilidade. Para uma inteligência rica – que gera riqueza – não existe despesa, existem investimento e retorno, e este deve gerar sempre novos investimentos, tal como o processo respiratório: expansão/retração; expansão/retração. Na economia universal, se não geramos movimento, somos convidados a uma escala inferior; pois se a inteligência não regride, sua forma de manifestação sim.
O movimento do homem é para alimentar-se e reproduzir, o movimento de uma inteligência é para revelar-se. Quanto maior o movimento, maior a capacidade de irradiação. Contudo, esta irradiação precisa ser organizada pelas inteligências, pois se não o for: bomba atômica!
No Projeto Tempo de Ser, os créditos são gerados a partir dos movimentos realizados pelo indivíduo – Educador de Essencialidades – para autoconhecer-se.
Hoje estamos miseráveis. Não só moral, mas também financeiramente. Há uma gama de dor e sofrimento, de angústias que nos oprimem.
Muitas vezes julgamos que a situação dos seres ao nosso redor é melhor do que a nossa, porque lidamos com as aparências, não com a vida como ela é.
Todo aquele que trabalha tem direito ao salário, se isso não tem ocorrido conosco, é porque o movimento que temos feito não tem sido adequado para a produção do equilíbrio necessário.
A miserabilidade financeira denota que nem mesmo a ação instintiva de sobrevivência tem funcionado em nós, indivíduos inteligentes e autoconscientes.
- Causas invisíveis da miserabilidade
Por alguma razão, que ainda não sabemos, a culpa nos corrói profundamente.
E, antes de qualquer miséria, existe também a carência, que é a falta de algo. É a carência – que não é só financeira – que produz a miséria, em todos os âmbitos.
Desse modo, mesmo quando conseguimos gerar energia, esta é consumida pela energia estagnada anteriormente.
O Projeto Tempo de Ser não existe para resolver problema financeiro de ninguém, mas para devolver-nos. A vida nos pertence. Para que nós aprendamos a gerenciá-la!
Vamos dizer a nós mesmos:
Eu cresci. E ninguém, por mais que tente fazer por mim, para melhorar a minha situação, não conseguirá se eu não fizer por mim aquilo que preciso fazer.
Eu preciso assumir a minha vida. Nem que eu caminhe para a frente e (como a destruição de Sodoma e Gomorra) eu veja tudo caindo atrás de mim. Mas preciso caminhar para a frente para construir aquilo que verdadeiramente me é digno!
Para afastar de nossa intimidade a miserabilidade de todas as ordens, desde a financeira à moral, necessitamos gerar movimento.
Cada um de nós é um ser tridimensional: psíquico, psicológico e fisiológico. Assim, o desequilíbrio financeiro (fisiológico) decorre de um desequilíbrio de ordem psicológica e/ou psíquica.
Porém, será que consideramos esta movimentação quando o assunto é dinheiro? Não, pois estamos preocupados demais em resolver o “problema” da falta de recursos, da escassez, ou seja, relativo ao efeito – como, por exemplo, a conta que está vermelha, lá no banco.
Almejamos o equilíbrio. Mas, hoje, a maioria de nós sente-se, ao ir trabalhar, como se estivesse indo para o matadouro. Isso ocorre porque ainda não aprendemos a nos ver, e enquanto não formos capazes de materializar outra realidade, temos uma diretriz: – compromisso assumido; compromisso cumprido.
Por outro lado, existem aqueles que não estão em dificuldade financeira. Estes devem optar por não ficar, continuar gerando movimento, mas movimento preventivo inteligente.
Apesar da insegurança, é urgente o aprofundamento nesta temática, em nós mesmos. Conforme temos aprendido com a EAL, precisamos aprender a lidar com a verdade, pois somente ela terá poder, em nós, de redirecionar nosso pensamento e vontade.
Foi com este propósito que recebemos da própria EAL, há algum tempo, um convite: tornar visíveis (conscientes) todas as nossas dívidas, as dificuldades financeiras e, em seguida, refletir sobre a nossa ação no momento em que geramos tais dívidas. Ela nos adiantou que perceberíamos a ação infantil e culposa.
Através deste simples (aparentemente) exercício, é possível iniciarmos um processo de autoinvestigação, partindo do efeito miserabilidade para remontar à sua causa. Quem está disposto?
Equipe de Amor à Luz encarnada, levante-se!
Ação constante, pois a vida inativa não gera energia. Sem passividade! Atividade!
Uma comunidade ativa, em movimento, gera ou deveria gerar riqueza.
- O desenvolvimento da habilidade e a geração de riqueza
Para a sociedade humana, dentro das suas parcas percepções, a riqueza é estabelecida pelo que chamamos de dinheiro ou espécie em dinheiro.
Mas o dinheiro é apenas a resultante máxima das habilidades que essa comunidade segrega em si, e desenvolve.
A verdadeira riqueza é a habilidade, que é de ordem psíquica. A habilidade ao ser desenvolvida atinge a área psicológica, recebendo a conotação de numerário; e, posteriormente, já na área fisiológica, terá a representação do dinheiro, essa notinha que manuseamos.
Portanto, a ausência de desenvolvimento da habilidade gera escassez, miserabilidade, ou seja, a ausência do que identificamos como recurso financeiro, monetário, ou dinheiro, mas o dinheiro (em si) é a última parte do processo.
Então, aquele indivíduo que, hoje, está lastimando a ausência de gerenciamento da riqueza está na miserabilidade de sua própria habilidade, o que gera escassez, contrária completamente à abundância.
A visão de que se trabalha para adquirir dinheiro deve ser dimensionada. Ao trabalhar, o indivíduo está desenvolvendo a sua habilidade, e ao desenvolver a sua habilidade, gera numerário, que é a soma de habilidades desenvolvida.
A vida é rica. A partir de dois princípios ocorre a multiplicação celular. Uma comunidade rica é aquela que tem conhecimento dos princípios básicos da vida inteligente.
Para o homem existe despesa, miserabilidade; para uma inteligência rica (que gera riqueza) não existe despesa, existe investimento, que é garantia de retorno, quando bem aplicado. O retorno deve gerar sempre novos investimentos, tal qual o processo respiratório: expansão/retração, expansão/retração.
A visão caritativa leva à ideia de que se dá aquilo que é nosso, e o que se recebe, em troca, é por obrigação da lei ou por recompensa, e não como algo que o próprio indivíduo estivesse gerenciando. No desenvolvimento da riqueza não há recompensa, há justiça.
Em uma comunidade que gera riqueza, o dinheiro deve circular. Circular no seguinte aspecto: vamos imaginar um estômago segregando energia em detrimento do fígado, do rim, do intestino e do coração. Qual seria o significado de um estômago? Nenhum. O estômago tem valor para uma constituição fisiológica que compõe os demais órgãos que, por ele também, são alimentados e que o alimentam. Esse é o princípio da vida.
Hoje, o que acontece, em nós, é o acúmulo. Em nosso percurso evolutivo, a habilidade foi, psiquicamente, desenvolvida de forma inconsciente. Porém, de forma muito resumida, podemos dizer que o fluxo está estagnado, ou seja, a inteligência artificial (criada pela própria inteligência natural) assumiu o comando, reproduzindo, de forma mecânica, automática, os mecanismos da Lei de Sobrevivência.
Podemos notar que este acúmulo não é tão somente fisiológico, não é o mesmo que uma reserva preventiva (por exemplo, dinheiro na conta). É preciso ter esta reserva preventiva para suprimento imediato, como o sono noturno, quando há uma reposição de energia.
Um dos propósitos do Projeto Tempo de Ser é que o indivíduo miserável se torne abundante, que ele aprenda a gerenciar riqueza em si mesmo.
E se estes indivíduos estiverem unidos, em um feixe inquebrantável, gerarão um fluxo maior! Todos absorverão riquezas no desenvolvimento de suas habilidades. Este é o futuro que almejamos construir.